Arrecadação com tributos aumenta 8,2% no primeiro semestre


De acordo com o Impostômetro, ferramenta criada pela Associação Comercial de São Paulo, já foram pagos R$ 1,172 trilhões em tributos esse ano

A arrecadação total de tributos no país alcançou R$ 1,172 trilhões no primeiro semestre de 2018, quando somados os três níveis de governo – Federal, Estadual e Municipal. A conta é do Impostômetro, ferramenta criada pela Associação Comercial de São Paulo – ACSP.

O número é 8,2% maior que em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram arrecadados R$ 1,083 trilhões. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, em média o brasileiro teve que trabalhar 153 dias para pagar seus impostos, número que se manteve estável em relação a 2017. Segundo o cálculo do Instituto, os tributos representam 33% de tudo o que é consumido no país.

A perspectiva para o contribuinte no segundo semestre também não é das melhores. Na semana passada, o Congresso Nacional manteve o veto do presidente Michel Temer ao projeto que, na prática, acabou com o benefício da desoneração da folha de pagamento para empresas de 39 setores.

A proposta aprovada inicialmente pelo Congresso mantinha a desoneração para 28 segmentos da economia, mas com o veto do governo que foi mantido, apenas 17 setores manterão o benefício pelos próximos dois anos e meio.

Para piorar, a discussão da reforma tributária conta com prazos extremamente apertados no Congresso o que pode impossibilitar sua aprovação. De acordo com cálculos do próprio relator da proposta, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a Câmara e o Senado teriam apenas duas semanas após o recesso parlamentar para votar as mudanças de impostos antes que a casa legislativa seja esvaziada pela campanha eleitoral.

“Com uma carga tributária tão alta e sem perspectivas de melhorias efetivas em um curto prazo, as empresas que realizam uma gestão mais eficiente do pagamento de seus tributos conseguem traduzir isso em margens de lucro maiores ou ganhos de competitividade”, avalia Fernanda Souza, gerente comercial da Easy-Way do Brasil, uma das maiores desenvolvedoras de sistemas tributários, fiscais e contábeis do país.

Para a especialista, a forma mais efetiva de atingir a excelência na gestão do pagamento de impostos é automatizar ao máximo esse processo. “A partir do momento que se minimiza a possibilidade de erros no cálculo de tributos ou na prestação de contas junto ao fisco, o contribuinte reduz drasticamente a possibilidade de pagamentos a maior ou autuações em virtude de falhas ocorridas em seus departamentos fiscais”, alerta a gerente da Easy-Way.

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