Arrecadação tributária atinge R$ 2 trilhões em julho


IOF foi um dos impulsionadores da aceleração da arrecadação, atingindo R$ 8 bilhões em julho de acordo com o Siga Brasil.

A arrecadação de tributos no Brasil bateu a marca de R$ 2 trilhões no último dia 3 de julho. É o que mostra o Impostômetro, ferramenta criada pela Associação Comercial de São Paulo – ACSP, que registra em tempo real o volume da arrecadação dos governos Federal, Estaduais e Municipais a título de impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária.

Neste ano, a marca foi atingida 18 dias antes do valor ser registrado em 2024, um novo recorde, o que mostra a aceleração da arrecadação e consequente maior carga tributária imposta aos contribuintes. O Impostômetro fechou o 1º semestre de 2025 apontando uma arrecadação total de R$ 1,97 trilhões, um aumento de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Decreto publicado pelo Governo Federal, que aumentou as alíquotas do IOF, é um exemplo de como a arrecadação vem sendo impulsionada. De acordo com os dados do Siga Brasil, em junho, o tributo que incide sobre operações financeiras bateu um novo recorde chegando a R$ 8 bilhões em um único mês.

O Siga Brasil é um sistema criado pelo Senado para facilitar o acesso aos dados do orçamento público. O painel apontou que em junho a arrecadação do IOF foi R$ 2,1 bilhões maior do que em maio, quando começou a vigorar as novas alíquotas. A média histórica dos meses de junho era de R$ 4,1 bilhões, já corrigidos pela inflação.

O ICMS, porém, continua tendo a maior participação na arrecadação total, tendo registrado R$ 397,9 bilhões nos primeiros seis meses do ano. O Imposto de Renda vem logo atrás com R$ 335,5 bilhões, no mesmo período. Os dados foram apurados pelo Impostômetro, que desde 2005, conta com um site e painel físico no centro histórico da cidade de São Paulo para acompanhar a arrecadação tributária no país.

“O ICMS e o IR são impostos que demandam uma série de processos para a apuração correta do valor final a ser pago, além de exigir obrigações acessórias relacionadas. As empresas não podem alterar suas alíquotas, mas podem tornar esses processos mais eficientes para reduzir os custos do cumprimento de suas obrigações fiscais”, diz Fernanda Souza, diretora comercial da Easy-Way do Brasil, uma das maiores desenvolvedoras de sistemas tributários, fiscais e contábeis do país. Fernanda lembra que empresas que investem na automatização de seus processos tributários tendem a cometer menos erros no cálculo dos impostos e no cumprimento das obrigações acessórias, o que reduz significativamente o risco de autuações e, consequentemente, a carga tributária efetiva. “O que significa uma margem de lucro maior e melhor, e um posicionamento frente a concorrentes menos eficientes nesses processos”.

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