Governo vai substituir o eSocial por dois novos sistemas


A partir de 2020, obrigatoriedade deve ser substituída por um sistema para a Receita Federal e outro para informações de previdência e trabalho

O eSocial será substituído por dois novos sistemas mais simples e com menos dados a serem reportados a partir do ano que vem. O anúncio foi feito pelo Secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho. Segundo ele, o objetivo é “simplificar, desburocratizar e permitir que o Estado e o empregador se unam para gerar crescimento”.

Criado para unificar várias obrigatoriedades e desburocratizar a relação entre contribuintes e governo, o eSocial acabou exigindo um grande investimento por parte das empresas para se adaptarem a todas as exigências e sofria críticas do empresariado.

A partir do ano que vem, o eSocial deve ser substituído por dois novos sistemas mais simples, um para os dados prestados à Receita Federal e outro para informações de previdência e trabalho.

“Nós estamos respeitando o investimento que essas empresas fizeram em recursos humanos e treinamento de tal forma que todo esse acervo vai ser mantido na migração para o novo eSocial que vai entrar em vigência a partir de janeiro”, disse o Secretário.

A preservação do investimento realizado por seus clientes também é uma preocupação da Easy-Way do Brasil, uma das maiores desenvolvedoras de sistemas fiscais, tributários e contábeis do país. “O sistema Easy-eSocial continuará atendendo a obrigatoriedade, ainda que a mesma seja dividida. Além disso, faremos todas as devidas consistências e atualizações necessárias”, diz Fernanda Souza, gerente comercial da empresa.

Para a especialista, as mudanças são positivas, pois devem simplificar a obrigatoriedade e facilitar o dia a dia das empresas. “Da forma como está hoje, o eSocial não atingiu seu objetivo inicial de desburocratizar o envio de informações para os órgãos do governo, uma vez que o volume de dados a serem informados é muito grande”, diz Fernanda.

Antes dessa migração prevista para janeiro, o eSocial já deve passar por uma simplificação nos próximos meses, sendo que o número de dados a serem informados deve cair de 900 para 500.

Entre as mudanças previstas para os próximos meses, há a exclusão de informações redundantes, que já constem nas bases dos órgãos do governo ou que não sejam exigidas por lei, como por exemplo, o número do RG e título de eleitor. Também foi suspenso o envio de eventos de Saúde e Segurança do Trabalho – SST, os quais entrariam em vigor esse mês para as empresas do Grupo 1.

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