Elevações nas alíquotas de ICMS e IPVA em diversos Estados e a atualização do IPTU impulsionaram aceleração na arrecadação
Os brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em tributos esse ano. É o que aponta o Impostômetro, ferramenta criada pela Associação Comercial de São Paulo – ACSP, que registra em tempo real o volume da arrecadação dos governos Federal, Estaduais e Municipais a título de impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária.
A marca é um novo e preocupante recorde, uma vez que foi atingida no dia 21 de julho, superando o ano passado, quando esse número só foi atingido no dia 30 de agosto e o ano retrasado, em 14 de setembro. Se compararmos o ritmo de arrecadação atual com o período equivalente em 2023, temos um crescimento aproximado de 17%.
Dentre os fatores apontados como impulsionadores dessa aceleração na arrecadação em 2024 estão as elevações nas alíquotas do ICMS em diversos Estados, a atualização do IPTU e o aumento do IPVA em várias unidades da federação. O imposto estadual, aliás, segue sendo o tributo com maior arrecadação, tendo registrado R$ 405,1 bilhões até 21 de julho, enquanto o IR vem logo atrás com R$ 341,5 bilhões.
Em atividade desde 2005, o Impostômetro conta com um painel físico no centro histórico da cidade de São Paulo, para acompanhar a arrecadação e conscientizar a população sobre o peso da carga tributária no país.
“É importante pontuar que essa carga tributária não atinge a todos os contribuintes de forma equânime. A alíquota dos impostos são fixas para todos, porém, as empresas tem um custo para manter uma estrutura para atender a todas as exigências fiscais e tributárias e quem consegue ser mais eficiente nesse processo acaba tendo um custo total menor para atender a todas essas exigências”, explica Fernanda Souza, diretora comercial da Easy-Way do Brasil, uma das maiores desenvolvedoras de sistemas tributários, fiscais e contábeis do país.
Fernanda lembra, por exemplo, que a carga tributária medida pelo Impostômetro inclui multas, juros e correção monetária. “Empresas que automatizam seus departamentos tributários e reduzem os erros em cálculos de tributos e apresentação de obrigatoriedades acabam sofrendo menos autuações e tendo uma carga tributária menor que seus concorrentes”.
A diretora da Easy-Way diz ainda que softwares tributários mais eficientes reduzem a necessidade de horas alocadas de mão-de-obra para o cumprimento de obrigações acessórias, diminuindo o custo com horas extras e liberando a equipe para se dedicar a atividades que tragam maior valor agregado para a empresa. “Tudo isso impacta na carga tributária individual de cada contribuinte”, analisa Fernanda.