Arrecadação de tributos somada nas três esferas de governo atingiu R$ 2 trilhões duas semanas mais cedo do que no ano passado
Na noite do dia 30 de agosto, o Impostômetro alcançou a marca de R$ 2 trilhões arrecadados pelos governos Federal, Estaduais e Municipais. O valor foi alcançado duas semanas mais cedo do que no ano passado, quando esse volume só foi atingido no dia 14 de setembro, e estabeleceu um novo recorde de arrecadação de tributos no país.
Apesar da inflação ter colaborado para uma alta nominal – uma vez que provoca aumento no preço dos produtos que reflete nos tributos pagos – a Associação Comercial de São Paulo – ACSP, criadora do Impostômetro, afirmou que o grande responsável pela aceleração da arrecadação é o ICMS.
No ano passado, havia sido promovida uma desoneração do imposto estadual sobre os combustíveis e a energia elétrica. Em meados deste ano, porém, a cobrança do tributo foi retomada aumentando a arrecadação. Em consequência, Estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro aumentaram suas arrecadações nos primeiros oito meses do ano em cerca de 5,8% em 2023 em relação ao mesmo período do ano passado.
O Impostômetro foi criado pela ACSP, que instalou um painel no centro histórico da cidade de São Paulo, para acompanhar a arrecadação e conscientizar a população acerca do peso crescente da carga tributária no país. A ferramenta monitora não apenas os tributos pagos a todas as esferas de governo, mas também taxas, contribuições e multas, incluindo juros e correção monetária.
“Isso mostra que há uma oportunidade para as empresas mais eficazes na gestão de seus tributos, uma vez que quem consegue reduzir seu passivo com autuações, juros e correção monetária acaba tendo uma vantagem competitiva”, aponta Fernanda Souza, diretora comercial da Easy-Way do Brasil, uma das maiores desenvolvedoras de sistemas tributários, fiscais e contábeis do país.
A diretora explica por que as empresas que investem na melhoria de seus processos de gestão e na automatização destes acabam se sobressaindo. “A adoção de sistemas que automatizam o cálculo de tributos e geração de obrigatoriedades traz uma série de benefícios e reduz drasticamente as autuações decorrentes de falhas. Isso faz com que essas companhias recuperem ao longo do tempo o dinheiro investido e tenham uma margem de resultados melhor que os concorrentes menos eficientes”.
A automatização também permite que as pessoas sejam liberadas de tarefas rotineiras e burocráticas, podendo se concentrar em atividades de maior valor agregado que podem trazer mais resultados para as empresas. “Isso sem contar a redução de custos com horas extras em períodos de apresentação de obrigatoriedades, o que por si só já traz um grande retorno sobre o investimento”, completa Fernanda.