Impostômetro registra R$ 1,5 trilhão em arrecadação


Projeções realizadas pela ferramenta mostram que, se o ritmo de arrecadação for mantido, o ano de 2021 vai registrar um novo recorde nominal

O Impostômetro registrou em 1º de agosto a marca de R$ 1,5 trilhão em impostos arrecadados, valor que no ano passado só foi atingido em 28 de setembro. A ferramenta, que acompanha a arrecadação tributária no país, foi criada pela Associação Comercial de São Paulo – ACSP.

Segundo a ACSP a maior velocidade na arrecadação se deve principalmente a dois fatores: a melhora na economia e ao aumento da inflação. O IPCA acumulado nos últimos 12 meses é de 8,6%. O índice de preços, medido pelo IBGE, tem um impacto direto no valor arrecadado pelo governo.

Além disso, a diminuição nos números de mortes, internações e novas infecções pela Covid-19 levou estados e municípios a reduzirem as restrições de circulação de pessoas e funcionamento do comércio, bares e restaurantes resultando em aumento da atividade econômica em relação ao mesmo período do ano passado.

As projeções realizadas pelo Impostômetro mostram que, se o ritmo de arrecadação for mantido, o ano de 2021 vai registrar um novo recorde nominal na cobrança de impostos, batendo não só 2020, ano muito afetado pela crise desencadeada pela pandemia, mas também 2019, ano em que foi registrada a maior arrecadação desde a criação da ferramenta da ACSP, em 2005.

“A carga tributária média cresce a cada ano, mas as empresas têm hoje a sua disposição ferramentas que podem trazer mais eficiência no processamento de seus tributos e obrigações acessórias e dessa forma diminuir o impacto em sua margem de resultados”, diz Fernanda Souza, diretora comercial da Easy-Way do Brasil, uma das maiores desenvolvedoras de sistemas tributários, fiscais e contábeis do país.

A especialista explica que, atualmente, há um movimento de empresas investindo em tecnologia para tornar automático o cálculo e o pagamento de tributos e a geração de obrigatoriedades que devem ser apresentadas ao fisco. “Além do ganho de tempo, há também uma maior confiabilidade nas informações fornecidas à Receita Federal, diminuindo consideravelmente a probabilidade de autuações derivadas de erros”.

A diretora da Easy-Way lembra ainda que muitas vezes esse tipo de investimento em tecnologia tributária acaba se pagando rapidamente, uma vez que ao tornar automáticas as tarefas rotineiras, esses sistemas liberam as pessoas mais qualificadas para atividades de maior valor agregado e que trazem mais resultados para as companhias, além de reduzir drasticamente o custo de horas extras em períodos de entregas de obrigações acessórias.

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